sexta-feira, julho 18, 2008

CALMA MUITA CALMA

Há momentos na vida em que demonstramos uma calma aparente, porque somos forçados ou simplesmente porque o desejamos.
Muitas vezes mostramos essa calma para nos auto-tranquilizar ou tranquilizar as pessoas que nos rodeiam, as que fazem parte dos nossos dias, quer seja no ambiente familiar ou no trabalho, ou então pelo simples facto de o nosso estado emotivo ter uma enorme influência sobre os que estão à nossa volta e confiam em nós.
Acontece por vezes, formar-se no fundo da nossa alma, enormes tempestades de emoções que, deixadas desenvolver-se livremente, sairiam cá para fora na forma de gigantescos temporais, quer se trate de alegria ou de desespero. Uma e outra vez, sufocadas por aquela calma aparente, deixamos transparecer apenas um sorriso que alivia a tensão momentânea, tal como uma onda silenciosa que rebenta numa praia ao entardecer.
Ficamos serenos. Deixamos que mais uma vez, o navio do destino siga a sua rota sem dar demasiada importância à profundidades das águas. Dentro de nós, a nossa calma aparente, apagou mais uma tempestade na nossa vida.